Prática Docente

Quando lemos o que os teóricos falam sobre a afetividade percebemos que tanto Piaget quanto Wallon e Vygostky tratam a relação professor-aluno e a afetividade como pilares do processo de aprendizagem e construção do conhecimento.

Quando Vygostky diz: “-Na ausência do outro, o homem não se constrói homem.” Temos ai a ideia clara do que ele pensa a respeito da interação. Não existe ser sem outro. Para que nos tornemos o que somos o meio e as pessoas tiveram seu papel e estamos em constante modificação. E ai entra a afetividade.
Como vai ocorrer interação e troca sem afetividade? É possível separar o aprendizado da interação com o outro. Do envolvimento com o outro? A resposta para mim é não. Não é possível que haja essa troca sem afetividade. É preciso interagir com os alunos. E é possível manter um grau de amizade aceitável com eles sem perder o respeito.
Muitos professores acham que a afetividade gera falta de respeito. Mas a afetividade gera a motivação ao aprendizado, torna as aulas menos cansativas e menos monótonas. Permite uma troca de aprendizado e uma interação do aluno no processo de aprendizado/ensino. E nós tornamos professores/alunos já que o aprendizado é mutuo. Essa afetividade se bem administrada não gera a falta de respeito.

Atuo com o ensino técnico de informática e o processo de afetividade de troca de experiência é grande. Os alunos querem saber de minhas experiências profissionais, e uso isso durante minhas aulas. Relacionar alguma situação que vivi com a matéria que estou explicando no momento é super oportuno e faz os alunos ficarem motivados, interagir e contar as experiências deles, o que teriam feito ou como fazem. Muitas vezes o conhecimento do aluno enquanto ser, a perceptividade de como está o aluno é de suma importância. Por exemplo: já ocorreu de aluno meu que era excelente não apresentar um bom desempenho e tive a percepção de sentar e conversar analisar e perceber que o aluno estava passando por problemas familiares. Ou seja, situação que se não existisse uma brecha uma proximidade entre aluno-professor talvez eu não ficaria sabendo ou não perceberia a tempo que a pessoa mudou e poderia gerar um prejuízo maior como a reprovação ou desistência de um aluno do curso.
Situações que na vida de um educador ocorre com frequência e são inúmeras que se fosse pontuar aqui ficaria horas. Mas acredito que a afetividade deve sim fazer parte do cotidiano do ensino aprendizado através de minha experiência como docente e como aluno.

Nenhum comentário:

Postar um comentário